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terça-feira, 6 de março de 2012

Em jantar com empresários, Chalita centraliza críticas em Serra.

Raphael Di Cunto, em São Paulo
Mastangelo Reino/Folhapress
Gabriel Chalita (PMDB-SP), pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Gabriel Chalita (PMDB) deu o tom de sua campanha nesta segunda-feira ao mirar as críticas no ex-governador José Serra (PSDB) em jantar com empresários na sede do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo. Pré-candidato do PSDB, Serra é o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, com apoio de 30% da população.
Chalita, um ex-tucano, alcança suas melhores intenções de voto nos setores mais ricos e mais escolarizados da cidade, mesma faixa de eleitorado de Serra. Sem citar nominalmente o ex-governador, o deputado disse que não comemoraria se fosse Serra o candidato tucano. "A pesquisa diz que mais de 60% da população não confia nele. Eles dizem que ele está mentindo, que não vai cumprir com o que prometeu", afirmou.
Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada sábado, 66% da população acredita que Serra irá, se eleito, abandonar o cargo para concorrer à Presidência em 2014. Em 2004, ele foi eleito para prefeito com a promessa de que não sairia no meio do mandato, mas renunciou um ano e três meses depois da posse para concorrer ao governo estadual.
Durante o jantar, o deputado foi questionado por um empresário se tomaria a mesma atitude de Serra, que congelou a quitação dos restos a pagar quando assumiu a prefeitura em 2005 e "quebrou empresas de mais de 40 anos" do ramo de limpeza. "Jamais faria isso. É uma política mesquinha, arrogante, de usar o poder pensando que os empresários não irão confrontar o prefeito", disse.
Gel no cabelo, sem blazer e gravata, o deputado falou por 40 minutos para cerca de 30 empresários, se vendeu como candidato com boas relações no governo federal e estadual e defendeu ações em parceria com a iniciativa privada. "Sou favorável a PPP [Parceria Pública Privada], a OS [Organização Social]. Tem lugares que elas não funcionam, mas isso é combatido com uma fiscalização mais austera", pontuou.
Chalita disse depois, à imprensa, que sua campanha não fará ataques pessoais e que as críticas foram uma resposta à curiosidade da população em saber o que ele pensa da candidatura do tucano. Critica, porém, as promessas que o tucano fez "e não cumpriu" e a "forma de ele fazer política". "O Serra representa o que está ai, a atual administração. Se as pessoas querem novidade, eu sou uma novidade, mas com conteúdo".
O deputado afirmou acreditar que a campanha não será polarizada entre o tucano e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, pré-candidato do PT, principalmente quando começarem os debates e propaganda gratuita na televisão. "O Serra quer polarizar porque ele tem medo de mim. Como ele tem muita rejeição, quer jogar com quem também tem rejeição alta em São Paulo, que é o PT, e não contra quem não tem rejeição", avaliou o pemedebista.

Fonte: Folha.uol.com

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