Com base nas frequentes denúncias de aviões
de pequeno porte que sobrevoam quase que diariamente a região do Pantanal
mato-grossense em voos de baixa altitude para escaparem dos radares, a Polícia
Federal (PF) estima que mais de 1,5 tonelada de drogas vinda da Bolívia entra
em Mato Grosso a cada 15 dias. Isso significa que até três toneladas de drogas
podem estar sendo descarregadas no Estado em um mês, sendo que depois parte
desse entorpecente toma outros rumos sendo distribuído para todo o país.
A estimativa é do delegado da PF, Josean
Severo que comandou a operação que resultou na apreensão de 413 quilos de
cocaína, cerca de 750 mil dólares e na morte de dois homens apontados como
traficantes. A ação foi executada, ontem, em Poconé (região sul), em parceria
com a Polícia Militar por meio de uma equipe de dez homens do Batalhão de
Operações Especial (Bope) e outros nove integrantes do Centro de Operações
Aéreas (Ciopaer). O dinheiro apreendido passará por perícia para confirmar se
são notas verdadeiras. Se for, depois existe todo um trâmite burocrático até
ele ser destinado a algum órgão.
Da PF, haviam dois agentes no local do
confronto enquanto outros 12 estavam espalhados em outras duas pistas de pouso
que também eram monitoradas. Também foram empregadas duas aeronaves para
transportar os policiais, sendo um helicóptero do Ciopaer e um avião de pequeno
porte. O policial federal disse ainda que a região, apesar dos constantes
monitoramentos por forças policiais, é considerada uma rota fácil para o
tráfico internacional de drogas devido à proximidade da fronteira e o fato de
os aviões, a maioria de origem boliviana, voarem baixo dificultando o
rastreamento. Em muitas situações eles fazem rasantes passando a poucos metros
acima das copas das árvores.
A operação foi realizada na fazenda,
localizada a cerca de 30 quilômetros de uma pousada, que teve uma de suas
pistas de voo usada sem autorização, pelos traficantes para descerem com a
aeronave e fazer o descarregamento da droga. Um funcionário do hotel, 34 anos,
participava da quadrilha e foi o único preso na ação. O delegado do caso disse
que ele confessou que ajudava os traficantes auxiliando na parte logística e
receberia R$ 1 mil por isso. Contudo, o policial federal garante que não existe
envolvimento do hotel com os traficantes.
Durante coletiva, esta tarde, o delegado da
PF, juntamente com comandantes do Bope, do Ciopaer e da Polícia Militar,
informou que a droga veio da Bolívia, mas o destino ainda é desconhecido. Ele
preferiu não revelar o valor em reais que a carga de drogas apreendida está
avaliada. Disse apenas que é superior ao montantes de 750 mil dólares
apreendidos dentro de uma mochila que seria usado para pagar o entorpecente. O
dinheiro foi interceptado quando seria colocado dentro do avião de origem
boliviana. O delegado Josean Severo disse ainda que as equipes policiais
chegaram a efetuar alguns disparos contra o avião para impedir a decolagem. No
momento da abordagem a aeronave ainda estava no solo. Com os disparos, teve o
trem de pouso quebrado e permanece no local da ação, que é de difícil acesso.
Confronto e morte de traficantes
De acordo com Severo, a região é bastante
alagada, um local bastante inóspito, o que dificultou a captura do piloto que
conseguiu fugir do cerco policial. Rondas foram feitas, inclusive com sobrevoos
de helicóptero, mas ele não foi preso. A ação, que começou na terça-feira (2),
já foi encerrada. Antes, porém, foram três meses de investigação, até a decisão
de colocar equipes de campana para monitorar três pistas de pouso da região. Em
uma delas, foi que o avião com a droga desceu e os ocupantes foram
surpreendidos. De acordo com o delegado, haviam duas pessoas na aeronave, sendo
o piloto que fugiu e o copiloto que foi morto a tiros. Além deles, no solo
estavam outras duas pessoas sendo o funcionário do hotel e outro homem que
estaria armado, atirou contra os policiais e foi alvejado, morrendo no local.
Além do delegado da PF, também participaram
da coletiva, o tenente-coronel da PM, Otomar Pereira, o major do Bope, Januário
Batista e o coordenador do Ciopaer, Airton Siqueira Júnior. Todos lamentaram as
mortes dos suspeitos, ressaltando que não houve outra opção senão revidar, uma
vez que as equipes policiais foram recebidas a tiros. Mas nenhum policial foi
atingido. Duas pistolas, que segundo os policiais, estavam com os traficantes,
foram apreendidas, sendo uma 9 milímetros e outra ponto 40.
Os corpos dos dois mortos continuam no
necrotério do Pronto Socorro de Poconé. O delegado da PF, garante que não houve
um terceiro morto, como "garantiu" um funcionário da unidade, ontem.
Os mortos já foram identificados extraoficialmente, mas a Polícia Federal disse
que vai aguardar a identificação oficial para só então informar os nomes. O
delegado adiantou, no entanto, que inicialmente foram identificados como sendo
um boliviano e outro brasileiro. Uma equipe do Instituo Médico Legal (IML) de
Cuiabá, segundo o delegado, deverá se deslocar até Poconé para realizar os
exames de necropsia.
Advogada da pousada, Rubia Salah Ayoub, disse
que a empresa instaurou um procedimento de sindicância para apurar a conduta do
funcionário, até porque precisa ser levado em conta as questões trabalhistas.
Informou ainda um posicionamento sobre o provável desligamento dele da empresa,
deverá sair em um prazo de 48h. Ressaltou, porém, que o caminho indica para o
desligamento dele, mas antes precisam apurar há quanto tempo ele estava
envolvido com a atividade criminosa de ajudar traficantes.
Em nota à imprensa, a pousada confirmou a
prisão de empregado da empresa por envolvimento com a atividade ilícita, mas
afirma ser um fato de total desconhecimento da administração do hotel.
"Para o ato criminoso, foi utilizada uma das pistas de pouso homologadas
desta reserva. O Sesc Pantanal informa que colaborará permanentemente com os
órgãos policiais para a perfeita elucidação do episódio delitivo, tendo aberto
procedimento interno de sindicância para cooperar com as investigações. O
Serviço Social do Comércio Sesc lamenta os acontecimentos ilícitos ocorridos em
sua Reserva e estará sempre à disposição das autoridades, visando contribuir
com as ações de repressão a tais crimes e outros de qualquer natureza",
diz trecho do comunicado.
Fonte: Só Notícias/Gazeta Digital
Ministra diz que Sistema Nacional
de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) será implantado até o fim do a
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
disse ontem (3) que o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) deve
ser implantado até o fim do ano, o que permitirá garantir uma base única de
dados sobre o panorama ambiental no Brasil. Em audiência na Comissão de
Agricultura da Câmara dos Deputados, a ministra disse que 25 estados e o
Distrito Federal já aderiram ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
De acordo com Izabella Teixeira, apenas Mato
Grosso não assinou o acordo de cooperação com o governo federal. “Todos os atos
normativos [para a regulamentação do cadastro] estão prontos, mas preciso
assegurar as condições de operacionalização”, disse ela.
Segundo a ministra, o governo federal está
providenciando suporte técnico e financeiro para a implantação do CAR nos
estados e municípios. O Fundo da Amazônia disponibilizou uma linha de crédito
de R$ 266 milhões para financiar a implementação do cadastro nos estados da
região e já foram aprovados projetos no Pará, no Amazonas, em Tocantins e no
Maranhão. Ela também informou que 11 estados vão receber recursos de R$ 100
milhões para a preservação do Cerrado.
De acordo com Izabella Teixeira, o governo
brasileiro concluiu “a maior compra de imagens de satélite já feita de uma
única vez no mundo” para identificar áreas que ainda não haviam sido mapeadas.
As imagens de satélite serão doadas aos estados. A ministra disse que 17
estados mais o Distrito Federal vão utilizar o sistema de cadastro ambiental da
pasta do Meio Ambiente e os outros nove desenvolverão sistemas próprios.
A ministra rebateu as críticas da bancada
ruralista de que o governo estaria introduzindo novos mecanismos não previstos
no Código Florestal. Segundo ela, o Certificado de Regularização Ambiental
(Cram) e o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prada) não ferem a lei.
Izabella explicou que o Cram é concedido ao
proprietário rural que cumprir as exigências de reserva legal e de área de
preservação permanente (APP). O Prada visa à regularização ambiental. A
ministra lembrou que os produtores rurais serão obrigados a fazer o cadastro.
“É como se fosse um imposto de renda, o produtor terá a obrigação de preencher
o seu CAR e nós teremos, como poder público, de analisar esse cadastro”.
Edição: Davi Oliveira
Reportagem de Ana Cristina Campos, da Agência
Brasil
Lucas: empresa doa R$ 100 mil para
ampliação de hospital
Uma empresa, especializada em equipamentos
para criação de aves e suínos, foi a primeira a contribuir com as obras de
ampliação do Hospital São Lucas. Esta manhã, na reunião com o prefeito de Lucas
do Rio Verde, Otaviano Pivetta, e o vice Miguel Vaz, diretores anunciaram a
doação de R$ 100 mil para as obras de ampliação. A Fundação Luverdense de Saúde
e o hospital não têm donos, ou seja, pertencem à sociedade. Assim, qualquer
pessoa interessada pode fazer doações para a construção. A previsão é de que as
obras iniciem ainda este ano, após conclusão do projeto. A expectativa é que
sejam investidos aproximadamente R$ 7 milhões.
O projeto de ampliação está sendo elaborado
por engenheiros voluntários e alguns cedidos pela prefeitura. Miguel destacou
que hoje foi fechado um cronograma para a execução dos projetos. "O
projeto de ampliação do hospital foi um compromisso nosso assumido ainda ano
passado. Estamos trabalhando desde o início do ano e agora nós formamos uma equipe
de profissionais engenheiros que vão cuidar de cada um dos projetos
especificamente, como por exemplo, estrutural, elétrico, hidráulico, sanitário,
cada um na sua especialidade, são um grupo de oito engenheiros que se colocaram
à disposição da Fundação Luverdense de Saúde para fazer este trabalho".
O projeto de ampliação prevê a construção de
2.632 metros quadrados. O projeto vai ampliar o centro cirúrgico, passando para
seis salas, também prevê a construção de 20 leitos de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), sendo dez leitos para adultos, cinco neonatais e cinco
pediátricos. Também serão construídos novos leitos para maternidade, um centro
de imagens e dez novos consultórios médicos.
Para a execução dos projetos, os
profissionais voluntários se subdividiram por setores. A engenheira civil
Edlaine Daniela Siriani fará o projeto de segurança, o engenheiro sanitário
Nildo Borges o projeto hidrosanitário e ambiental, a arquiteta Denise Boscoli e
a engenheira civil Ivanir Ganzer vão fazer o projeto arquitetônico, a arquiteta
Letícia Alves Berté os licenciamentos, e, o mestre de obras Valdemar Janing
ficou responsável pela execução do projeto.
Fonte: Só Notícias com assessoria
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